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Você Sabe o que é Retite Actínica?

O que é Retite Actínica?

Retite Actínica é uma doença causada no reto por radiações ionizantes. Pode ser aguda (durante o tratamento ou logo após), quando é geralmente autolimitada. A retite aguda tem como sintomas diarreia, sangramento eventual, perda de muco ou constipação.

As alterações histológicas ficam limitadas à mucosa, sendo que as células com turnover mais rápido são as mais sensíveis.

A retite actínica tardia pode aparecer até dois anos após o tratamento e seus sintomas são mais graves: perda de muco, dor, urgência retal, sangramento, ulceração, estenose, e até fistulas retovaginais. Na retite tardia as alterações histológicas são de natureza vascular e fibrose da camada subíntima.

A gravidade da retite actínica é diretamente proporcional à dose recebida e seu volume, assim como o número de frações e o espaçamento entre elas. Esta limitação da dose (tanto da radioterapia quanto da quimioterapia) é que pode trazer melhores ou piores resultados no controle do câncer.

O tratamento da retite actínica deve, sempre que possível ser conservador. Na fase do aguda, medicação sintomática é geralmente suficiente para alívio dos sintomas. Enema de retenção com corticoides traz alívio do desconforto, além do uso de sulfassalazina. Laser com argônio pode controlar sangramentos maiores. O uso de oxigênio hiperbárico, criticado por alguns autores, pode também ser útil. Colostomia deve ser o último procedimento a ser utilizado, nos casos mais resistentes.

3 pontos muito importantes sobre a Retite Actínica

Assim, diante da riqueza de sintomas e dificuldades de controle, a retite actínica deve ser evitada ao máximo, sem prejuízo do controle tumoral.

Reforçamos os seguintes dados:

      1. A retite actínica tardia não é curável, mas é controlável, com práticas como as expostas
      2. A retite actínica tardia praticamente só aparece em doentes curados da neoplasia primaria, visto o tempo para sua instalação.
      3. O desenvolvimento de novos aplicadores, isótopos e técnicas trarão menor índice de complicações.

Fonte:

“Avaliação da dose no reto em pacientes submetidas a braquiterapia de alta taxa de dose para o tratamento de câncer do colo uterino”.  Prof. da Disciplina de Radioterapia da FMUSP, São Paulo, SP, Brasil.

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